
“Barco de Leitura” era finalista da premiação nacional e se destacou no evento pela forma como é executado. Troféu recebido pelo projeto Barco de Leitura, da Comunidade Cazumbá Iracema.
O projeto Barco de Leitura, da Comunidade Cazumbá Iracema, de Sena Madureira, ficou em segundo lugar no Prêmio Viva Leitura 2007. O projeto era finalista na categoria 3 – sociedade: ongs, pessoas físicas, universidades, faculdades e instituições sociais, e chamou muita atenção dos participantes do evento, que ocorreu no dia 31 de outubro, em Brasília.
O Vivaleitura é a maior premiação individual para fomento à leitura promovida no Brasil. Na edição 2007, o prêmio registrou a inscrição de 1.855 projetos de incentivo à leitura. Em dois anos, são mais de 5 mil projetos cadastrados.
A premiação é uma iniciativa conjunta do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Cultura (MinC) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e integra o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL).
Esta não é a primeira vez que o projeto Barco de Leitura é selecionado em um concurso. Recentemente a coordenação recebeu a notícia de que o Programa Petrobrás Cultural irá financiar o projeto com o valor de R$ 186 mil. Para receber o recurso, o Barco de Leitura espera ser aprovado na Lei de Incentivo a Cultura, a nível nacional.
O maior objetivo do barco de leitura é incentivar os moradores da colocação ao hábito da leitura. De acordo com a coordenadora do projeto, Valdeneide Queiroz, a ação democratiza o acesso à cultura através de obras literárias, estimulando reflexões, debates e curiosidades, principalmente entre os jovens.
Ela frisou ainda que são muitas as dificuldades que crianças e adultos enfrentam para estudar na região, em razão do difícil acesso. Todos saem de casa para a escola com o auxílio de barcos ou ainda por longas caminhadas em trilhas.
Os fatores acabam tornando o acesso a cultura mais difícil. E foi pensando em quebrar essa barreira que a professora pensou: “Invés de eles irem até a biblioteca, a biblioteca vai até eles”, disse.
O projeto nasceu com o apoio da Fundação Elias Mansour. Centenas de livros foram adquiridos, todos nos estilos infantil, infanto-juvenil e clássicos da literatura com os recursos doados pela instituição. Os livros ficam disponíveis para os alunos e para a comunidade nas escolas e também nas associações. De lá, eles retiram o exemplar e devolvem somente depois que a leitura for concluída.
Em razão de sua história de luta e sucesso, o projeto foi um dos que mais chamou a atenção dos participantes do prêmio ocorrido em Brasília. Como resultado, algumas editoras, como a Fundação Santillana, fez contanto com a coordenadora para doações de livros.
Fonte : Pagina 20 ( Renata Brasileiro )
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