A Diretoria Geral de Polícia abre inquérito para apurar a morte de Raimundo Nonato Alexandre Queiróz, 21 anos, morto no dia 19 de fevereiro. A família acusa policiais civis de Sena Madureira de terem espancado o jovem antes da prisão. Na próxima segunda-feira, 17, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Assembléia Legislativa do Acre vai até o município de Sena Madureira para apurar os fatos que envolvem a morte do jovem que estava preso na Unidade de Recuperação Social Evaristo de Morais. O caso também será investigado pela corregedoria da Polícia Civil.A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira, 13, durante reunião entre os integrantes da comissão e o diretor interino do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Júlio Botelho. Raimunda Queiroz da Silva, irmã do preso, participou da reunião acompanhada pelo advogado da família, Sérgio Farias. Ela sustenta a suspeita de que a morte de Raimundo Nonato tenha decorrido de maus tratos causados por um policial civil. Raimunda teria também testemunhos de presos sobre o estado de saúde de Raimundo Nonato no momento de sua chegada na URS. Para a Diretora Geral de Polícia Civil da Secretaria de Estado de Segurança Pública , Denise Pinho, não há evidências de que houve agressão. "O exame de corpo de delito não tinha nada. O que chamou a atenção do diretor da unidade é que ele estava bem amarelo, com a barriga inchada", disse a diretora. A causa da morte descrita em laudo foi hepatite. O médico que assinou o laudo de entrada, Roberto Henrique, está sendo ouvido pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania. "O corregedor da Polícia Civil, José Barbosa, vai até Sena para abrir o inquérito. Se há algum policial que cometeu algum delito ou infração, será punido por isso", afirma Denise Pinho. Revista na admissão - O Instituto de Administração (Iapen) é responsável pela elaboração e fiscalização dos procedimentos exigidos no processo de acolhimento dos presos. "Todos os documentos indicam que Raimundo Nonato estava íntegro no momento em que deu entrada no presídio e que ele mesmo não relatou ter sofrido maus tratos", assegurou Júlio Botelho, diretor interino do Iapen, esclarecendo que faz parte da rotina as precauções preliminares de conferência de documentos e revista dos presos antes da admissão. O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania CDHC da Assembléia Legislativa, deputado Walter Prado (PSB), afirmou que é interesse do governador Binho Marques que essa situação seja esclarecida o mais rápido possível e que a apuração aconteça de forma rigorosa. "Queremos realizar uma apuração profunda e com rapidez", afirmou Prado. Golby Pullig Agência de Notícias do Acre. |
sexta-feira, 14 de março de 2008
Corregedoria da Polícia Civil abre inquérito sobre morte de preso em Sena Madureira
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